Cuidado, olha a cobra...Em geral,
quando chega esse aviso já é tarde. Alertada por seus sofisticados aparatos de
detecção, a serpente localiza o intruso que a incomoda e reage de forma
fulminante. Se não for socorrida imediatamente, a vítima vai morrer.Ninguém
sabe direito quantas pessoas morrem anualmente na Amazônia, vitimas de
picadas de cobra.
Certamente são muitas mais do que
registram as estatísticas, pois lá a maioria das pessoas não está ligando muito
para essas coisas, cobras e estatísticas. Na falta de recursos e
conhecimentos, elas criam seus remédios próprios para os venenos dos ofídios, e
acreditam que são infalíveis; quando alguém morre, apesar de tudo, debita-se na
conta de Deus.
ATENÇÃO CENAS FORTES LOGO ABAIXO
No Brasil, todos os anos setenta mil
pessoas são vitimas de picadas de cobras venenosas, conforme estatísticas que
não são muito confiáveis. Ainda assim, o número é assustador, principalmente
tendo em vista que a esmagadora maioria está no interior do pais. em regiões de
difícil acesso, o que dificulta o atendimento rápido que esses casos exigem. Se
as pessoas que transitam pelos locais de incidência de cobras venenosas
tomassem o cuidado elementar de calçar botas, cairia muito aquela estatística,
pois setenta por cento das picadas atingem as pernas, abaixo do
joelho.Considerando que essas pessoas em geral não calçam sequer sandálias comuns, não porque lhes falte gosto por proteger os pés, mas porque falta
dinheiro para comprar a proteção mais cara as botas.
Quando uma pessoa ou um animal for
picado por uma cobra, devemos tomar imediatamente, as seguintes providências:
identificar a cobra para dar, o mais rápido possível, o soro adequado; fazer o
paciente ficar o mais quieto possível e sem se mexer; resfriar sem interrupção, com água fria, água gelada ou melhor ainda com gelo, o membro ou parte afetada. Essas medidas são para fazer com que o veneno leve o maior tempo possível
para cair na circulação sanguínea dando tempo para a aplicação e atuação do
soro e para que o organismo também reaja contra ele.Os sintomas de
envenenamento variam de acordo com a cobra. Por exemplo, cascavel ou jararaca, a vítima
apresenta tonteiras, perda passageira da visão, convulsões e às vezes entra
em estado de coma. Aparecem hemorragias e os braços, pernas e nuca vão ficando
paralisados, a respiração se modifica, há sangue na urina e a vítima pode
deixar de urinar. Nos casos mal tratados, aparece gangrena no local da picada.
Quando há queda de temperatura, é o sinal de perigo de vida, mas a morte não
vem antes de 12 a 15 horas após o incidente.
Devem ser usados o soro
anti-crotálico, para a cascavel, o anti-biotrópico, para as jararacas e o
anti-ofídico polivalente, quando a cobra não for identificada. Quando o
acidente é causado por surucucu ou surucutinga, o que é raro, porque esta cobra
vive nas florestas, deve ser usado o soro anti-ofídico polivalente. Além da
grande quantidade, seu veneno age sobre o sangue e os nervos, ao mesmo tempo.Os
acidentes por corais são muito raros, porque elas vivem nas matas e apresentam
hábitos subterrâneos; não têm presas para inocular o veneno e, por essa razão,
precisam ficar mordendo durante algum tempo para que o veneno penetre na
vítima, o que dá tempo para que seja atirada longe. Os sintomas do envenenamento
por corais são diferentes, porque o seu veneno é de ação rápida, matando em 5
ou 6 horas. No ponto da mordida aparece uma dormência que vai se alastrando, há
perturbações da visão e as pálpebras ficam caídas, aumenta muito a salivação, há lágrimas, aparecem líquidos nos pulmões, andar, engolir e respirar tornam-se
tarefas cada vez mais difíceis. A vítima, angustiada, entra em coma e morre por
asfixia, por paralisação dos músculos da respiração. Para corais, usar o soro
anti-mercúrico.
“Manter a calma”, essa é a principal
recomendação feita pela bióloga, veterinária e coordenadora do Biotério da
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande, Paula Helena Santa
Rita, no caso de uma pessoa sofrer uma picada de uma cobra peçonhenta. Segundo
Paula, a primeira coisa que acontece após uma pessoa ser picada, é o coração
disparar. “Quando acontece isso, a circulação acelera e o veneno se espalha
para corrente sanguínea mais rápido”, alerta.
Nada de crendice Paula diz que no
caso de picada de cobra peçonhenta a vítima em hipótese alguma deve seguir as
crendices populares. “Nunca se deve fazer torniquete, furar o local e sugar o
veneno. Também não pode tomar nenhum tipo de remédio, pois pode agravar o caso.
E pior ainda colocar qualquer tipo de coisa sobre o local da picada. Algumas
pessoas chegam a colocar fezes de animal e até borra de café, isso não ajuda em
nada e pode complicar o caso”, recomenda. Caso uma cobra peçonhenta
seja encontrada dentro ou próximo de casa, a recomendação da especialista é
evitar qualquer tipo de tentativa de captura do animal. “Se não tiver prática
ou algum tipo de treinamento, não deve tentar conter o animal, porque a pessoa
pode acabar sendo picada. É preciso chamar a Polícia Militar Ambiental (PMA), o
Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou nós aqui do Biotério” disse a bióloga.
As imagens mostradas acima nos
mostra o resultado de algumas vítimas que já sofreram e ate mesmo morreram
devido aos ataques das serpentes.
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